Carcará é uma coletânea de 14 contos inéditos de Rodrigo Santos. O livro apresenta um denso tecido urbano, periférico, com diversos tons e subjetividades dos comuns, que vivem e tentam se equilibrar diante de mazelas sociais e, principalmente, de questões emocionais como: a solidão, o sentimento de abandono, o medo da morte e da violência. A abertura do conto Mesa Posta anuncia um pouco os caminhos por onde percorrem os contos de Carcará, “Uma história escrota, eu sei, mas me contaram assim e eu não posso florear. A realidade é muito mais escrota do que a ficção.” Nas narrativas de Rodrigo, as camadas menos sublimes da vida estão expostas. O autor expõe, sem reservas, quebraduras, cheiros, cores e fluxos do corpo humano, como em O Carona “Assim que voltou a si, olhou para sua perna e viu que um rasgo lateral na carne ia do joelho até quase a cintura. A carne branca, exposta como um pedaço de banha de porco, e o sangue capilando lentamente” e “Na metade do caminho, a dor no topo da cabeça começara a escorrer viscosa pela sua testa e seus olhos, e a cada tentativa de limpar o sangue dos olhos com as costas da mão, trazia um pouco de terra para seu rosto”, como também em “E aquela coisa toda de sangue, de cheiro, de suor…”, do conto Lobimana, Lobismina, Lobimoça. Nos contos desta coletânea, repletos de uma oralidade urbana fluminense, Rodrigo transita do real para o fantástico (Lobimana, Lobismina, Lobimoça) e o realismo animista, como por exemplo, no texto que dá título ao livro, onde um carcará oportunista e ortodoxo conversa com um moribundo: “Em vez de ‘pega, mata e come’, é mais um ‘opa, tá dando mole ali vou comer’. Sacações de um autor ciente do universo literário que vem construindo ao enfrentar as suas inspirações e transformá-las em uma literatura que merece ser lida.Editora: MalêAno: 2021Idioma: PortuguêsISBN:  6587746519Dimensões : 21 x 1 x 14 cm Descrição: 132 páginas - brochura
"Firmina é uma narrativa híbrida, que pode ser lida tanto em perspectiva histórica quanto biográfica. Reconstruindo com precisão a ambientação social e psicológica que fundamenta e configura o universo mimético vivido pelas personagens, e propondo umatrama complexa de viés tipicamente romântico, Bárbara nos ofereceuma história instigante e que nos leva a refletir. Ao retratar os dilemas e conflitos internos vividos pela protagonista, uma jovem professora negra engajada na luta abolicionista que se apaixona por um deputado branco defensor da manutenção do sistema escravagista,a autora explora a dimensão humana de Maria Firmina dos Reis, afastando-se, assim, de perspectivas mitificadoras e deificantes frequentemente atribuídas à sua figura." - Rafael Balseiro ZinEditora: MalêAno: 2019Idioma: PortuguêsISBN: 8592736633Dimensões : 20.6 x 14 x 1 cm  Descrição: 220 páginas - brochura
Copo quebrado é o apelido de um ex-professor, amante de vinho tinto e um dos mais assíduos frequentadores do bar O crédito acabou um bar dos mais atípicos de Brazzaville (Congo).O dono do bar, Escargô cabeçudo, lhe confiou a tarefa de imortalizar em um caderno a vida e as histórias dos frequentadores do bar. Nesta farsa metafísica, onde o sublime se mistura com o grotesco, Alain Mabanckou nos mostra um retrato vivo e saboroso de uma realidade africana, incorporando alusões literárias e humor.Os frequentadores do bar O crédito acabou estão dispostos a compartilhar suas histórias. Histórias que, junto com as reflexões do narrador sobre sua própria vida e a comunidade onde vive, preenchem as páginas deste celebrado romance.Editora: MalêAno: 2018Idioma: PortuguêsISBN: 8592736323Dimensões :  20.8 x 14 x 1.2 cmDescrição: 184 páginas - brochura
Após ser abandonado por sua companheira e por sua filha, o protagonista de Black Bazar, seguindo o conselho de um amigo, o escritor haitiano Louis-Philippe Dalembert, compra uma máquina de escrever e começa a registrar um diário das experiências e sentimentos que a separação o faz suscitar. O narrador de Black Bazar nutre uma paixão, a moda. Vivendo em um apartamento simples, mas se vestindo com os melhores ternos, como um dândi africano, o narrador de Black Bazar segue o padrão estético da SAPE - Sociedade de Ambientadores e de Pessoas Elegantes, fundada na favela de Bacongo, na República Democrática do Congo, nos anos 1960, quando o país estava sob comando do ditador Mobutu Sese Seko e era ainda conhecido como Zaire. Os sapeurs usavam ternos de cores fortes e corte meticuloso, destoando do cenário de pobreza e representando uma ofensa ao governo da época.Editora: MalêAno: 2020Idioma: PortuguêsISBN: 6587746004Dimensões : 21 x 14 x 2 cm Descrição: 220 páginas - brochura
Em Esboços de um tempo presente Rosane Borges faz uma radiografia das relações sociais do Brasil atual. Dividido em três capítulos - Cultura e política, Polifonias midiáticas e Questões de gênero, racismos e afins - a autora analisa temas como o ódio nas redes sociais, a política global e seus impactos no Brasil, a cultura negra, além de comentar alguns programas de televisão, filmes e fatos amplamente midiatizados.Terra, água, fogo e ar. Os textos de Rosane Borges, aqui reunidos, nos aterram a saberes ancestrais e textos clássicos; nos banham com percepções sutis de quem vive aberta a sentir o mundo; nos inflamam com a força de luta necessária à transformação social, nos arejam com um frescor criativo de palavras bem postas. Os elementos da natureza, caros à matriz africana de se (re)ligar à vida, estão presentes neste livro que nos convida à alquimia de (re)interpretar o mundo.Editora: MalêAno: 2021Idioma: PortuguêsISBN: 859273603XDimensões :  15 x 11.2 x 1.8 cmDescrição: 140 páginas - brochura
O livro reúne textos inéditos de 18 escritores brasileiros oriundos de diferentes regiões do país. A partir dos contos criados com base na mitologia das religiões de matriz africana, Marcelo Moutinho, organizador do livro, afirma que "a ideia é tentar iluminar uma cultura de admirável força alegórica que costuma ser ignorada no Brasil, embora seja tão definidora de nossa gênese".A seleção dos autores varia em amplitude geográfica, além de raça, gênero, idade, estilo. O elenco é composto por novos talentos, como Itamar Vieira Junior e Geovani Martins, e escritores consagrados como o compositor Nei Lopes, que soma mais de 40 títulos publicados. A escolha dos orixás coube aos próprios autores. Jornalista, escritor, sociólogo e pesquisador da afrodescendência no Brasil, Muniz Sodré comenta, na orelha, que o livro parece dar voz a divindades negras. “Não dá para desfiar um a um os contos do volume, como se fossem contas de um rosário. Dá para anunciar o encantamento da leitura. São pequenas joias narrativas, em graus diversos de intensidade literária, que remetem a um universo de crenças e de pertencimento”, diz.Editora: MalêAno: 2021Idioma: PortuguêsISBN: 6587746535Dimensões :  14 x 1.5 x 21 cmDescrição: 224 páginas - brochura
Publicado em 1967, este romance magistral trata do difícil processo de independência do Quênia, e das dúvidas e lealdades que cada um leva consigo. Mugo é um homem solitário, tido como herói pelos habitantes da aldeia de Thabai. Ele atuou ao lado de Kihika, mártir da luta contra o domínio inglês e, durante o tempo em que ficou preso, nunca delatou seus companheiros, nem mesmo sob tortura. Com a chegada do dia da independência, ex-ativistas planejam expor e executar o suposto traidor que levou Kihika à morte. Sombras começam então a pairar sobre todos. Um grão de trigo narra eventos marcantes da história africana, com personagens humanos, hesitantes e passionais, mas capazes de grandes feitos.Editora: AlfaguaraAno: 2015Idioma: PortuguêsISBN: 8579624061Dimensões :  23.2 x 15 x 1.8 cmDescrição: 304 páginas - brochura
Aqui é Ketu Três, lar do povo melaninado, filhos dos Orixás; a metrópole governada por sacerdotisas-empresárias e tecnologias fantásticas movidas a fantasmas. Jamila Olabamiji, filha de Ogum, só quer se tornar a maior engenheira de Ketu Três. Nada demais. Porém, é difícil manter o foco quando se tem de lidar com um pai ocupado em três empregos, uma namorada patricinha e encrenqueira, e um valentão da escola que a atormenta sempre. É complicado também ter esses sonhos sobre feras, lua cheia, sangue e destruição. Jamila só queria ficar de boa no quarto construindo dispositivos incríveis…. Provocaram tanto a menina, que ela acabou despertando uma fúria capaz de arruinar a cidade inteira! Pronto, agora virou alvo de cientistas inescrupulosos, agentes das Corporações, e até monstros gigantes que querem arrasar com tudo; ela, então, se vê obrigada a colaborar com um grupo clandestino que quer derrubar a elite psíquica que governa a metrópole! Muita coisa aí tem dedo daquele valentão que ela detesta tanto, Jamila tem certeza…Mas estou dizendo: não se metam com a Jamila Olabamiji, ou a fúria dessa filha de Ogum vai acabar partindo o mundo ao meio…Editora: MalêAno: 2019Idioma: PortuguêsISBN: 8592736463Dimensões :  20.8 x 13.8 x 1.8 cmDescrição: 286 páginas - brochura
Que efeito podemos esperar hoje de um livro de contos (Ou quase contos, ou quase poemas quase contos de tão prosipoéticos) que, dispondo de pseudo pistas de autobiografia, memória, autoficção, e de intertextualidade e de jogo narrativo compósito e debochado do autor, lança mão de uma linguagem que procura desbancar os diversos cacoetes da escrita criativa "erudita" e "literária"? Uma resposta pode ser encontrada (ou melhor, inferida e sobretudo usufruída) nos contos-retratos (um golpe de mestre, aliás, essa estratégia de narrativa) que Aversão oficial, de Paulo Dutra, expõe, mirando certeiramente a contramão da literatice. (Paulo Roberto Sodré)Editora: MalêAno: 2018Idioma: PortuguêsISBN: 8592736374Dimensões :  20.8 x 13.6 x 1.2 cmDescrição: 88 páginas - brochura
Em A cor da demanda, Éle Semog lança seu olhar afiado como lâmina em brasa sobre as realidades que ora nos afligem, ora nos enternecem. Seus poemas traduzem com uma sinceridade emocionante, e sem concessões, as conexões que o poeta traça com “os urbanos”, “com as mulheres”, “com o romance”, “com as crianças”, “com o machismo” e com o “racismo” – esta chaga que constitui e conduz as nossas sociabilidades. A cor da demanda é poesia pura, organismo vivo, boêmia e labor e, também, história reexistida – como bem idealizaram os escritores que, com Semog, no final da década de 1970 pensaram e escreveram o que se entende por literatura negro-brasileira. Nesta reexistência, a demanda é pelo estado de alerta para o que das negritudes vem sendo sequestrado, como dito no poema Na boca do povo, “Dizem de mim infernos. Só não falam de mim, o céu que me querem tomar.” O olhar do poeta, nesta coletânea, é quase sempre voo rasante sobre as superfícies da vida, quase às toca, segue livre; em alguns momentos mira a África, estrela iluminada na consciência afro-brasileira, “Como é bom poetar desde lá d’África. Não há griot que esqueça! Não há sorte que arrefeça!”. Dos múltiplos pontos de observação transformados em poesia, Semog mantém-se firme em impregnar o livro da sua existência de lutas, lutos e vitórias.Editora: MalêAno: 2018Idioma: PortuguêsISBN: 8592736250Dimensões :  20.8 x 13.4 x 1.2 cmDescrição: 180 páginas - brochura
Negra Soul é u despertar de um outro mundo possível, onde a poesia e a música são os alicerces da dança da vida, através do protagonismo negro, do empoderamento das mulheres, da visão numinosa e da presença no aqui e agora.Editora: AlternativaAno: 2016Idioma: PortuguêsISBN: 9788593043017Descrição: 79 páginas - brochura
Os quinze contos de "Amar antes que amanheça" criam um painel sobre os diversos tipo de amor. Cristiane Sobral apresenta personagens que encaram situações em que a urgência de amar (antes que amanheça) é uma necessidade para a vida.Editora: MalêAno: 2021Idioma: PortuguêsISBN: 6587746292Dimensões :  5.6 x 1.1 x 21.1 cmDescrição: 140 páginas - brochura
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