No dia 11 de fevereiro de 2005, faleceu um dos homens mais marcantes da história afro-americana dos últimos cinquenta anos: Baba Oseijeman Adelabu Adefunmi I, “rei dos yoruba da América”. Nascido com o nome de Walter King em 1928, em Detroit, militara no seio do movimento nacionalista negro no início dos anos 1950. Seu sonho de reatar com uma cultura e uma ética africanas, a...
Nada mais complicado ou mais rico do que experimentar o diálogo entre pessoas de países diferentes, mesmo que tenham a língua portuguesa como ponto em comum. Os vivos, o morto e o peixe-frito é uma peça com treze personagens de origem lusófona: Angola, Moçambique, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, todos dentro de um mesmo prédio em Portugal. O premiado escritor angolano...
O abolicionismo, importante movimento social no Brasil do século XIX, foi muitas vezes visto pela historiografia como resultante da ação de homens de sentimentos humanitários, que teriam tido a glória de resgatar os pobres negros do cativeiro. Na contramão dessa memória, este livro evidencia que, em São Paulo, se o abolicionismo ganhou força e substância a partir da atuação de juízes e advogados como Luiz...
Luiz Gama, Machado de Assis, José do Patrocínio e mais um grande número de gente livre “de cor” buscaram conquistar e manter espaços no debate público sobre os rumos do país, bem como atuaram na defesa da cidadania de pessoas negras livres, libertas e escravizadas. Indo de encontro às cotidianas práticas de “preconceito de cor” e “ódio de raça”, fizeram da atuação em jornais um...
Mais de trezentos anos de escravidão legaram ao Brasil uma sociedade em que racismo se infiltra no cotidiano das maneiras mais perversas. Do lápis de pintar, usado na escola, aos termos com os quais as pessoas se auto definem, resultante da gama de tons que a mestiçagem – reconhecida ou não – produz, a beleza da cor e da diversidade só agora começa a ser...
Uma cidade com milícia, racismo, fake news, delação premiada, conservadorismo, fanatismo religioso e ruas sujas. Parece 2020, mas esse é o Rio de Janeiro de 1732, ano no qual está ambientado o romance histórico “Nada digo de ti, que em ti não veja”, terceiro de Eliana Alves Cruz e o primeiro da autora premiada pela Pallas Editora. A narrativa é eletrizante. Entre as temáticas, salta...
A Dona Marta sai todas as manhãs e verifica se o mundo está no seu lugar: as amigas numa varanda jogam cartas, a praia habitual no local habitual, as crianças divertem-se no pátio da escola. O bairro da Dona Marta é um bairro como outro qualquer, mas também é um bairro único no mundo, porque é o dela. O cotidiano de Dona Marta nos mostra...
Ao nascer a criança é parte de um todo com o mundo. Sua percepção é de que ela e todo o resto são uma coisa só. E a partir de que momento ela percebe que existe o outro A palavra que ao mesmo tempo vai dar significado a esse novo mundo, vai levá-la a perceber-se como um ser único. A mãe, o pai, os avós...
A autora, em uma narrativa fluída vai guiando o leitor por um mar de vivências guardadas, como a “escafandrista chefe” de uma expedição pelo território inóspito, profundo e amedrontador das memórias que tentamos deixar afogadas na alma, mas que insistem em subir para a superfície. Nunca é sem ansiedade a decisão de assumir a fala em primeira pessoa para contar histórias verdadeiras tão impressionantes de...
Sabe o que acontece quando mulheres negras acadêmicas se juntam? Elas se tornam intelectuais negras que pesquisam em rede! Esse é o caso da Rede Carioca de Etnoeducadoras Negras, um grupo criativo e potente, iniciado no Rio de Janeiro em 2015, que reflete sobre as urgências e desafios da Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER) no Brasil. O livro Pesquisa em rede de mulheres negras, organizado...
Brasil, um sujeito malandro e cheio de energia, convida Europa, uma moça um pouco sem ginga nos quadris, a conhecer suas belezas e também seus problemas. Eles embarcam em um avião e passam por uma aventura engraçada, cheia de romance, recheada de dados históricos, paisagens e personagens importantes do nosso país. Com lindas ilustrações de Maurício Negro, autor e ilustrador de dezenas de livros, e...
Em Olhos d’água Conceição Evaristo ajusta o foco de seu interesse na população afro-brasileira abordando, sem meias palavras, a pobreza e a violência urbana que a acometem. Sem sentimentalismos, mas sempre incorporando a tessitura poética à ficção, seus contos apresentam uma significativa galeria de mulheres: Ana Davenga, a mendiga Duzu-Querença, Natalina, Luamanda, Cida, a menina Zaíta. Ou serão todas a mesma mulher, captada e recriada...
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